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Gênesis 6 – Devocional do Dia

Um Estudo sobre a Corrupção Humana, a Graça Divina e o Juízo

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Nos acompanhe nesse devocional sobre Gênesis 6 – Um Estudo sobre a Corrupção Humana, a Graça Divina e o Juízo, mergulhe nessa história conosco, e extraia o máximo da palavra de Deus para edificar sua vida.

Texto Base: Capítulo de Gênesis 6 

v8 “Porém Noé achou graça diante do Senhor.”

Oração inicialOh Senhor, Rei do universo! Te Louvo e te agradeço pela dádiva da vida, por sua bondade e misericórdia. Agradeço pelo seu filho amado Jesus, que se entregou na cruz por meus pecados (João 3:16), que me comprou a preço de sangue, para hoje ter a oportunidade de me achegar a Ti (1 João 2:1-2) e ter o direito a Vida Eterna. Obrigada pelo seu Santo Espirito, que me convence da minha natureza caída e o quanto necessito de Ti, que intercede por mim (Romanos 8:26-27) e O leva minhas súplicas.

Perdoe os meus pecados, coloque em mim um coração puro e que deseje a sua presença. Me livra do mal, que eu resista as investidas do inimigo e que seu seja aprovada em meio as provações. Me de sabedoria e discernimento da tua palavra, para que eu diminua e o Senhor cresça cada vez mais em mim. Em nome de Jesus, Amém!

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Gênesis 6: Um Estudo sobre a Corrupção Humana, a Graça Divina e o Juízo

O capítulo 6 do livro de Gênesis é um dos textos mais intrigantes e profundos da Bíblia, apresentando uma narrativa que combina a corrupção humana, a graça divina e o juízo de Deus. Este capítulo serve como um prelúdio para o relato do Dilúvio, um evento que marcou a história da humanidade e revelou tanto a justiça quanto a misericórdia de Deus. Ao analisarmos Gênesis 6, é essencial considerar o contexto, os personagens envolvidos e as lições teológicas que emergem do texto.

1. A Corrupção da Humanidade (Gênesis 6:1-7)

O capítulo começa com uma descrição da crescente corrupção da humanidade. Os versículos 1-2 mencionam que “os filhos de Deus” viram que “as filhas dos homens” eram formosas e tomaram para si mulheres de todas as que escolheram. A identidade dos “filhos de Deus” tem sido objeto de debate ao longo da história da interpretação bíblica.

Alguns estudiosos defendem que se trata de anjos caídos, enquanto outros argumentam que são descendentes da linhagem de Sete, em contraste com a linhagem ímpia de Caim. Assim, se analisarmos o sentido indicado pelo contexto, trata-se da corrupção dos descendentes de Sete, ao se casarem com mulheres ímpias e descendentes de Caim, assim já não havendo mais diferenças entre eles, resultando em desordem moral e espiritual.

“12 Viu Deus a terra, e eis que estava corrompida; porque todo ser vivente havia corrompido o seu caminho na terra.” (Gn 6:11)

A corrupção não se limitou a relacionamentos impróprios, mas estendeu-se a toda a sociedade. Em Gênesis 6:5, lemos: “Viu o Senhor que a maldade do homem se havia multiplicado na terra e que era continuamente mau todo desígnio do seu coração.” Este versículo revela a profundidade do pecado humano: não eram apenas ações isoladas, mas uma inclinação constante para o mal. A palavra hebraica yetzer, traduzida como “desígnio” ou “imaginação”, indica que o coração humano estava totalmente voltado para a maldade.

Diante dessa situação, Deus expressa profunda tristeza. Em Gênesis 6:6, está escrito: “Então, se arrependeu o Senhor de ter feito o homem na terra, e isso lhe pesou no coração.” O “arrependimento” de Deus não deve ser entendido como um erro, mas como uma expressão de Sua dor diante do pecado humano. A justiça divina exige uma resposta, e Deus declara: “Farei desaparecer da face da terra o homem que criei” (Gênesis 6:7). Este juízo é uma consequência direta da rebelião humana contra o Criador.

2. Noé: Um Homem Justo em Meio à Corrupção (Gênesis 6:8-10)

Em meio à narrativa sombria da corrupção humana, surge um contraste notável: Noé. O versículo 8 afirma: “Noé, porém, achou graça diante do Senhor.” A graça de Deus é evidente aqui, pois Noé não era merecedor por seus próprios méritos, mas foi escolhido por Deus para ser instrumento de preservação e renovação. A expressão “achou graçaindica que a iniciativa partiu de Deus, destacando Sua misericórdia mesmo em meio ao juízo.

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Noé é descrito como “homem justo e íntegro entre os seus contemporâneos” (Gênesis 6:9). A justiça de Noé não era perfeição absoluta, mas uma vida de obediência e fé em Deus. Ele “andava com Deus“, uma expressão que também foi usada para descrever Enoque (Gênesis 5:24), indicando um relacionamento íntimo e obediente com o Criador.

Noé representa a esperança de que, mesmo em tempos de grande corrupção, é possível viver de acordo com a vontade de Deus.

Para concluir nossas considerações a Noé, nao podemos deixar de citar, o que o apóstolo Paulo falou sobre ele:

“5 Ele não poupou o mundo antigo quando trouxe o dilúvio sobre aquele povo ímpio, mas preservou Noé, pregador da justiça, e mais sete pessoas.” (2 Pe 2:5)

Dessa forma, Noé nos deixa o exemplo de que cabe a nós, pregarmos o evangelho, pois somos pregadores da justiça no século 21. E para isso, devemos seguir seu exemplo de justiça, integridade, obediência a Deus e assim levar a palavra a todos.

3. O Dilúvio: Juízo e Salvação (Gênesis 6:11-22)

A corrupção da humanidade atingiu um nível insustentável. O texto descreve a terra como “corrompida” e “cheia de violência” (Gênesis 6:11). A violência era um sintoma da desordem moral e espiritual que dominava a sociedade. Diante disso, Deus anuncia Seu plano de trazer um dilúvio para destruir toda a carne (Gênesis 6:13). No entanto, mesmo neste anúncio de juízo, há um plano de salvação: a construção de uma arca.

Deus instrui Noé a construir uma arca de madeira, fornecendo detalhes específicos sobre suas dimensões e estrutura (Gênesis 6:14-16). A arca não era apenas um meio de preservação física, mas também um símbolo da provisão divina para aqueles que obedecem a Sua palavra. Além disso, Deus estabelece uma aliança com Noé, prometendo salvar a ele e sua família (Gênesis 6:18). Esta aliança é um precursor das alianças posteriores que Deus faria com Seu povo, revelando Seu caráter fiel e redentor.

Noé responde com obediência imediata. O versículo 22 afirma: “Assim fez Noé, consoante a tudo o que Deus lhe ordenara.” Sua obediência é um modelo de fé prática, demonstrando que a verdadeira fé se manifesta em ações alinhadas com a vontade de Deus.

4. Lições Teológicas de Gênesis 6

Gênesis 6 oferece várias lições teológicas importantes:

  1. A Gravidade do Pecado: O capítulo revela a extensão e a profundidade do pecado humano, mostrando como ele corrompe não apenas indivíduos, mas toda a sociedade. A resposta de Deus ao pecado é o juízo, pois Ele é santo e justo.
  2. A Graça de Deus: Mesmo em meio ao juízo, a graça de Deus é evidente. Noé e sua família são preservados, não por seus próprios méritos, mas pela graça divina. Isso aponta para o tema maior da redenção que percorre toda a Bíblia.
  3. O Chamado à Obediência: A vida de Noé exemplifica a importância da obediência e da fé. Em um mundo corrompido, ele escolheu andar com Deus, tornando-se um instrumento de Sua vontade.
  4. A Soberania de Deus: O dilúvio e a preservação de Noé demonstram que Deus é soberano sobre a criação. Ele controla os eventos da história e cumpre Seus propósitos, mesmo quando a humanidade se rebela contra Ele.

Conclusão

Gênesis 6 é um capítulo rico em significado, apresentando um quadro vívido da corrupção humana e da resposta divina. Ao mesmo tempo, ele destaca a graça de Deus, que oferece salvação mesmo em meio ao juízo. A história de Noé nos desafia a refletir sobre nossa própria vida:

  1. Estamos andando com Deus em um mundo corrompido?
  2. Estamos dispostos a obedecer a Sua palavra, mesmo quando isso exige fé e ação?
  3. Que o exemplo de Noé nos inspire a buscar a justiça e a confiar na graça de Deus, que sempre prevalece.

Que essa reflexão nos inspire a viver de maneira que glorifique a Deus em todas as áreas de nossa vida!

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