Nos acompanhe nesse devocional sobre Gênesis 12 – O Chamado de Abrão: Uma Jornada de Fé e Obediência, mergulhe nessa história conosco, e extraia o máximo da palavra de Deus para edificar sua vida.
Texto Base: Capítulo de Gênesis 12
v1 Ora, disse o Senhor a Abrão: Sai da tua terra, da tua parentela e da casa de teu pai e vai para a terra que te mostrarei.
Oração inicial: Oh Senhor, Rei do universo! Te Louvo e te agradeço pela dádiva da vida, por sua bondade e misericórdia. Agradeço pelo seu filho amado Jesus, que se entregou na cruz por meus pecados (João 3:16), que me comprou a preço de sangue, para hoje ter a oportunidade de me achegar a Ti (1 João 2:1-2) e ter o direito a Vida Eterna. Obrigada pelo seu Santo Espirito, que me convence da minha natureza caída e o quanto necessito de Ti, que intercede por mim (Romanos 8:26-27) e O leva minhas súplicas.
Perdoe os meus pecados, coloque em mim um coração puro e que deseje a sua presença. Me livra do mal, que eu resista as investidas do inimigo e que seu seja aprovada em meio as provações. Me de sabedoria e discernimento da tua palavra, para que eu diminua e o Senhor cresça cada vez mais em mim. Em nome de Jesus, Amém!
Gênesis 12 – O Chamado de Abrão: Uma Jornada de Fé e Obediência.
Gênesis 12 é um dos capítulos mais significativos da Bíblia, pois marca o início da história de Abrão (posteriormente chamado Abraão), um homem cuja vida se tornaria um marco central na narrativa bíblica.
Este capítulo não apenas relata o chamado de Abrão por Deus, mas também estabelece as bases para o plano divino de redenção da humanidade.
Ao analisarmos esse texto, percebemos que ele é rico em lições espirituais, promessas divinas e conexões com outras passagens das Escrituras.
1. O Chamado de Abrão: Uma Ordem Divina
O capítulo começa com uma ordem direta de Deus a Abrão: “Sai da tua terra, da tua parentela e da casa de teu pai, para a terra que te mostrarei” (Gênesis 12:1). Esse chamado é um convite para uma jornada de fé, onde Abrão é convidado a deixar tudo o que lhe é familiar e confortável. Para entendermos a magnitude desse ato de fé, é importante considerar os confortos e privilégios que Abrão desfrutava em sua terra natal.
Abrão vivia em Ur dos Caldeus, uma cidade próspera e avançada para a época. A arqueologia revela que Ur era um centro cultural, econômico e religioso importante, com infraestrutura desenvolvida e comodidades que poucos lugares ofereciam. Além disso, Abrão pertencia a uma família estabelecida, com posses e influência.
A Misericórdia de Deus no Chamado de Abrão
Em Josué 24:2, lemos que a família de Abrão servia a “outros deuses” em Ur, o que sugere que ele estava inserido em um contexto de estabilidade social e religiosa, embora pagã. Portanto, deixar Ur significava abandonar não apenas um lugar confortável, mas também uma rede de segurança familiar e social.
Este contexto, nos faz refletir que a escolha de Deus ao chamar Abrão, não está ligada a obras mas sim a sua soberania e misericórdia. Pois não há relatos que Abrão conhecia a Deus, pelo contrário, Deus escolhe se revelar a ele, com graça e misericórdia.
Além disso, em Romanos 4, Paulo argumenta que Abrão foi justificado pela fé, não por obras, estabelecendo um princípio central da teologia cristã.
2. As Promessas de Deus a Abrão
Em seguida, Deus faz três promessas específicas a Abrão: “De ti farei uma grande nação, e te abençoarei, e te engrandecerei o nome. Sê tu uma bênção! […] Em ti serão benditas todas as famílias da terra” (Gênesis 12:2-3). Essas promessas são profundas e abrangentes:
- Primeiro, Deus promete fazer de Abrão uma grande nação, o que se cumpre posteriormente com a formação do povo de Israel.
- Segundo, Ele promete abençoar Abrão e engrandecer seu nome! O que vemos ao longo da história bíblica, onde Abraão é reconhecido como o “pai da fé”.
- Terceiro, Deus declara que todas as famílias da terra serão benditas em Abrão, uma referência clara à vinda de Jesus Cristo, o descendente de Abraão que traria salvação para toda a humanidade (Gálatas 3:16).
3. A Obediência de Abrão e Sua Jornada
A resposta de Abrão ao chamado de Deus é imediata: “Partiu, pois, Abrão, como lho ordenara o Senhor” (Gênesis 12:4). Ele não hesita, mas age com prontidão, demonstrando sua confiança em Deus. Essa obediência é ainda mais impressionante quando consideramos o que ele deixou para trás. Abrão abandonou uma vida de conforto, segurança e estabilidade para seguir um chamado que, humanamente falando, parecia incerto e arriscado.
Em Hebreus 11:8-10, o autor destaca que Abrão “obedeceu, sem saber para onde ia” e que ele esperava uma cidade “cujo arquiteto e edificador é Deus”.
Essa atitude de fé e desprendimento é um exemplo poderoso para todos os crentes, mostrando que a verdadeira fé requer confiança nas promessas de Deus, mesmo quando o caminho é desafiador e requer renuncias em prol da obediência a Deus.
4. A Chegada a Canaã e a Presença de Deus
Ao chegar a Canaã, Abrão encontra uma terra habitada por cananeus, mas Deus reaparece e reafirma Sua promessa: “À tua semente darei esta terra” (Gênesis 12:7). Essa promessa é um eco do que vemos em Gênesis 15, onde Deus estabelece uma aliança com Abrão, prometendo-lhe uma descendência numerosa como as estrelas do céu.
A construção de um altar por Abrão em Canaã (Gênesis 12:7-8) é um ato de adoração e gratidão, mostrando que ele reconhece a presença e a fidelidade de Deus em sua vida. Esse altar também serve como um marco de sua fé, um lugar onde ele pode se conectar com Deus e lembrar-se das promessas recebidas.
5. A Fome e o Desvio para o Egito
No entanto, a jornada de Abrão não é isenta de desafios. Uma fome assola a terra de Canaã, forçando-o a descer ao Egito (Gênesis 12:10). Esse episódio revela a humanidade de Abrão, que, apesar de sua fé, ainda é suscetível ao medo e à dúvida. Ele pede a Sarai, sua esposa, que diga que é sua irmã, temendo por sua vida.
Embora essa decisão demonstre uma falta de confiança total em Deus, ela também nos lembra que mesmo os heróis da fé são falhos e dependentes da graça divina. Deus, em Sua misericórdia, intervém e protege Abrão e Sarai, mostrando que Suas promessas não falham, mesmo quando nós falhamos.
6. Conexões com o Novo Testamento
O chamado de Abrão em Gênesis 12 tem profundas conexões com o Novo Testamento. Além de Romanos 4, já citado acima, em Atos 7:2-4, Estêvão faz referência a esse evento, destacando a obediência de Abrão como um exemplo de fé.
E também, a promessa de que todas as nações seriam benditas em Abrão encontra seu cumprimento final em Jesus Cristo, como afirma Gálatas 3:8-9:
“Ora, tendo a Escritura previsto que Deus justificaria pela fé os gentios, preanunciou o evangelho a Abraão: Em ti serão abençoados todos os povos.”
Conclusão: Um Legado de Fé e Obediência
Gênesis 12 é, portanto, um capítulo fundacional na Bíblia, que nos ensina sobre a importância da fé, da obediência e da confiança nas promessas de Deus. A vida de Abrão nos inspira a seguir a Deus de todo o coração, mesmo quando o caminho é incerto. Sua história nos lembra que Deus é fiel e que Suas promessas são imutáveis.
Dessa forma, como crentes, somos chamados a viver uma vida de fé, seguindo o exemplo de Abrão e confiando que, através de Cristo, somos herdeiros das promessas feitas a ele.
Por fim, que possamos, como Abrão, sermos encorajados a viver pela palavra do nosso Deus, por suas promessas, e fazer as renuncias necessárias para ter uma vida de adoração a Ele!
Veja Também os outros devocionais dessa série de Gênesis:
- Gênesis 1 a 2 – O Reino de Deus e a Formação do homem!
- Gênesis 3 – A queda do Homem!
- Gênesis 4 – Caim, Abel e as consequências do pecado!
- Gênesis 5 – Uma Jornada pela Genealogia e a Aplicação em Nossas Vidas!
- Gênesis 6 – Um Estudo sobre a Corrupção Humana, a Graça Divina e o Juízo!
- Gênesis 7 – Um Estudo Aprofundado sobre o Dilúvio e Sua Aplicação para os Dias de Hoje!
- Gênesis 8 – Confiança no Tempo de Deus, suas Misericórdias e a Renovação da Aliança!
- Gênesis 9 – A Aliança de Deus com Noé e o Chamado para Valorizar a Vida!
- Gênesis 10 – A Tabela das Nações e o plano Divino!
- Gênesis 11 – A Torre de Babel e a Dispersão da Humanidade!
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