Início » Gênesis 35 – Devocional Diário
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Nos acompanhe nesse devocional sobre Gênesis 35: Um Chamado à Renovação Espiritual e à Fidelidade a Deus. Mergulhe nessa história conosco, e extraia o máximo da palavra de Deus para edificar sua vida.

Texto Base: Capítulo de Gênesis 35

v2 “Então, disse Jacó à sua família e a todos os que com ele estavam: Lançai fora os deuses estranhos que há no vosso meio, purificai-vos e mudai as vossas vestes.”

Oração inicialOh Senhor, Rei do universo! Te Louvo e te agradeço pela dádiva da vida, por sua bondade e misericórdia. Agradeço pelo seu filho amado Jesus, que se entregou na cruz por meus pecados (João 3:16), que me comprou a preço de sangue, para hoje ter a oportunidade de me achegar a Ti (1 João 2:1-2) e ter o direito a Vida Eterna. Obrigada pelo seu Santo Espirito, que me convence da minha natureza caída e o quanto necessito de Ti, que intercede por mim (Romanos 8:26-27) e O leva minhas súplicas.

Perdoe os meus pecados, coloque em mim um coração puro e que deseje a sua presença. Me livra do mal, que eu resista as investidas do inimigo e que seu seja aprovada em meio as provações. Me de sabedoria e discernimento da tua palavra, para que eu diminua e o Senhor cresça cada vez mais em mim. Em nome de Jesus, Amém!

Introdução: O Contexto de Gênesis 35

Gênesis 35 é um capítulo marcante na narrativa bíblica, pois registra um momento crucial na vida de Jacó e sua família. Após eventos turbulentos, como o conflito com Esaú, a tragédia em Siquém e a idolatria na casa de Jacó, Deus o chama a um reavivamento espiritual.

Este capítulo nos ensina sobre a importância de retornar às origens da fé, abandonar práticas que desviam do propósito divino e buscar uma vida de obediência e adoração ao Senhor.

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Aplicando essas lições aos dias de hoje, podemos refletir sobre como Deus nos chama a renovar nosso compromisso com Ele, mesmo em meio às complexidades da vida moderna.

1. (Gênesis 35:1) O Chamado à Renovação

“Levanta-te, sobe a Betel”

Primeiramente, Deus inicia o capítulo com um chamado direto a Jacó: “Levanta-te, sobe a Betel” (Gênesis 35:1). Betel, que significa “Casa de Deus”, era o lugar onde Jacó havia tido um encontro transformador com o Senhor anos antes (Gênesis 28:10-22).

Agora, Deus o convida a retornar àquele lugar de intimidade e compromisso. Esse chamado simboliza a necessidade de voltar às raízes da fé, especialmente em momentos de crise ou desvio espiritual.

Para nós, hoje, esse versículo serve como um lembrete poderoso:

  • Quantas vezes nos afastamos dos propósitos de Deus, por estarmos envolvidos em nossas próprias lutas e distrações?

O Senhor nos convida a “levantare retornar a Ele, ao lugar onde nossa fé foi fortalecida pela primeira vez. É um chamado à renovação espiritual, ao abandono de práticas que nos afastam dEle e à reconstrução de um altar de adoração em nossos corações.

2. (Gênesis 35:2-4) A Purificação Espiritual: Abandonando os Ídolos

“Então, disse Jacó à sua família e a todos os que com ele estavam: ‘Tirai os deuses estranhos que há no meio de vós, purificai-vos e mudai as vossas vestes.’”

Jacó, ao ouvir o chamado de Deus, toma uma atitude decisiva. Ele ordena que sua família se purifique, abandone os ídolos e mude suas vestes (Gênesis 35:2-4). Essa purificação não era apenas física, mas também espiritual. Os “deuses estranhos” representavam tudo o que ocupava o lugar de Deus em suas vidas, incluindo os ídolos que Raquel havia roubado de Labão (Gênesis 31:19).

A mudança de vestes simboliza uma nova vida, livre da contaminação do pecado e dedicada à santidade. Na Bíblia, as vestes muitas vezes representam a condição espiritual de uma pessoa. Mudar as vestes significava deixar para trás a impureza, o pecado e as práticas antigas, assumindo uma nova postura de santidade e dedicação a Deus.

Esse ato de renúncia nos ensina uma lição valiosa para os dias atuais. Quantos “deuses estranhos” temos em nossas vidas? Pode ser o dinheiro, o status, os relacionamentos, ou até mesmo o apego excessivo às redes sociais. Deus nos chama a abandonar tudo o que nos impede de adorá-Lo com integridade.

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Assim como Jacó e sua família foram convidados a se purificar, nós também somos chamados a “vestir” uma nova natureza, como diz Efésios 4:24:

“E vos revistais do novo homem, criado segundo Deus, em justiça e retidão procedentes da verdade.”

3. (Gênesis 35:5-7) A Proteção Divina na Obediência

“Partiram, pois, e o terror de Deus veio sobre as cidades que havia ao redor deles, e não perseguiram os filhos de Jacó.”

Quando Jacó e sua família obedecem ao chamado de Deus, Ele age poderosamente em seu favor. O “terror de Deus” protegeu Jacó e seus familiares, demonstrando que a obediência traz segurança e bênção (Gênesis 35:5-7). Esse princípio permanece válido hoje: quando nos colocamos no centro da vontade de Deus, Ele cuida de nós, mesmo em meio às adversidades.

Além disso, Jacó constrói um altar em Betel, cumprindo a promessa que havia feito anos antes (Gênesis 28:20-22). Esse altar representa gratidão, adoração e compromisso. Em nossa vida, também somos chamados a construir “altares” de gratidão através da oração, do serviço, da adoração e reconhecendo que Deus é fiel em todas as circunstâncias.

4. (Gênesis 35:9-12) Uma Nova Identidade em Deus

“Deus apareceu outra vez a Jacó… e o abençoou.”

Neste trecho, Deus reafirma Suas promessas a Jacó, confirmando seu novo nome, Israel, que significa “aquele que luta com Deus”. Essa mudança de nome simboliza uma nova identidade e propósito. Jacó, que antes era conhecido por sua astúcia e engano, agora é reconhecido como alguém que luta ao lado de Deus.

Para nós, essa passagem traz uma mensagem de transformação. Em Cristo, somos novas criaturas (2 Coríntios 5:17), chamados a viver uma vida que reflete a glória de Deus. Assim como Jacó recebeu uma nova identidade, nós também somos convidados a abraçar nossa identidade em Cristo, deixando para trás velhos padrões de comportamento e vivendo em conformidade com a vontade de Deus.

5. (Gênesis 35:16-20) Esperança em Meio à Dor

“Raquel morreu e foi sepultada no caminho de Efrata, que é Belém.”

A morte de Raquel é um momento de dor e luto na narrativa (Gênesis 35:16-20). No entanto, mesmo em meio à tristeza, Deus continua a agir. Pois, mesmo em meio a dor de Jacó ao perder Raquel, ela deu à luz a Benjamim, cujo nome significa “filho da minha mão direita”, simbolizando esperança e continuidade.

Esse episódio nos lembra que, mesmo em tempos de perda e sofrimento, Deus está presente. Ele transforma nossa dor em esperança e nos dá forças para seguir em frente. A vida moderna está repleta de desafios e momentos difíceis, mas podemos confiar que Deus está conosco, trazendo consolo e propósito em todas as circunstâncias.

6. A Morte de Isaque e o Legado de Jacó

O capítulo de Gênesis 35 conclui com um trecho que marca a transição de uma geração para outra. Após os eventos em Betel e a morte de Raquel, a narrativa se volta para a família de Jacó e sua jornada contínua.

Esse trecho revela a complexidade da família de Jacó, destacando tanto os erros quanto a continuidade do plano de Deus. O ato de Rúben, ao se deitar com Bila, concubina de seu pai, mostra a fragilidade humana e as consequências do pecado, que mais tarde afetariam sua posição como primogênito (Gênesis 49:3-4).

No entanto, apesar das falhas, a narrativa segue adiante, enfatizando a importância dos doze filhos de Jacó, que se tornariam as doze tribos de Israel.

A morte de Isaque, aos 180 anos, marca o fim de uma era. Ele é descrito como “velho e farto de dias”, uma expressão que reflete uma vida longa e completa. Seu sepultamento por Esaú e Jacó simboliza a reconciliação entre os irmãos e a continuidade do legado familiar.

Para nós, esse trecho serve como um lembrete de que, mesmo em meio às imperfeições humanas, o plano de Deus segue adiante. As falhas de Rúben e as complexidades familiares não impediram que Deus cumprisse Suas promessas através de Jacó e seus descendentes. Pois Deus se mantem fiel as suas promessas, e seus propósitos sempre se cumprem!

Da mesma forma, em nossas vidas, podemos confiar que Deus trabalha independente de nossas fraquezas, conduzindo-nos em Seu propósito maior. No entanto, temos a responsabilidade de agir corretamente, de acordo com a vontade de Deus, pois, Ele não nos isenta das consequências de nossas ações.

Como Romanos 8:28 nos assegura:

“Sabemos que todas as coisas cooperam para o bem daqueles que amam a Deus, daqueles que são chamados segundo o seu propósito.”

Aplicação Pessoal: Renovando Nossa Aliança com Deus

Gênesis 35 nos desafia a refletir sobre nossa própria jornada espiritual. Assim como Jacó foi chamado a retornar a Betel, nós também somos convidados a renovar nosso compromisso com Deus. Isso implica abandonar os “deuses estranhos” que nos afastam dEle, buscar uma vida de santidade e construir altares de adoração em nosso cotidiano.

Além disso, a história de Jacó nos ensina que a obediência traz proteção e bênção. Quando colocamos Deus em primeiro lugar, Ele cuida de nós e nos guia, mesmo em meio às incertezas da vida. Portanto, que possamos, como Jacó;

  1. Ouvir o chamado de Deus,
  2. Purificar nossos corações,
  3. E viver uma vida que glorifique ao Senhor.

Conclusão: Um Legado de Fé

Por fim, Gênesis 35 encerra com a morte de Isaque, marcando o fim de uma era e o início de uma nova fase na história da família de Jacó. No entanto, o legado de fé e obediência deixado por Jacó permanece como um exemplo para todos nós.

Portanto, que possamos em nossa geração seguir os passos de Jacó, construindo altares de adoração, abandonando os ídolos modernos e vivendo uma vida que honre a Deus.

Como diz o Salmo 37:5:

“Entrega o teu caminho ao Senhor; confia nele, e ele tudo fará.

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