Nos acompanhe nesse devocional sobre Gênesis 43: O Retorno dos irmãos de José ao Egito. Mergulhe nessa história conosco, e extraia o máximo da palavra de Deus para edificar sua vida.
Texto Base: Capítulo de Gênesis 43
v30 “Profundamente emocionado por causa de seu irmão, José apressou-se em sair à procura de um lugar para chorar, e entrando em seu quarto, chorou.”
Oração inicial: Oh Senhor, Rei do universo! Te Louvo e te agradeço pela dádiva da vida, por sua bondade e misericórdia. Agradeço pelo seu filho amado Jesus, que se entregou na cruz por meus pecados (João 3:16), que me comprou a preço de sangue, para hoje ter a oportunidade de me achegar a Ti (1 João 2:1-2) e ter o direito a Vida Eterna. Obrigada pelo seu Santo Espirito, que me convence da minha natureza caída e o quanto necessito de Ti, que intercede por mim (Romanos 8:26-27) e O leva minhas súplicas.
Perdoe os meus pecados, coloque em mim um coração puro e que deseje a sua presença. Me livra do mal, que eu resista as investidas do inimigo e que seu seja aprovada em meio as provações. Me de sabedoria e discernimento da tua palavra, para que eu diminua e o Senhor cresça cada vez mais em mim. Em nome de Jesus, Amém!
Introdução: O Contexto do Capítulo
O capítulo 43 de Gênesis narra um momento crucial na história de José e seus irmãos. Após a primeira ida ao Egito em busca de alimento durante a fome (Gênesis 42), os irmãos de José retornam à terra de Canaã, mas precisam voltar ao Egito com Benjamim, conforme exigência de José (Gênesis 42:20). Este capítulo explora temas como arrependimento, provisão divina e reconciliação, oferecendo lições valiosas para os dias atuais.
1. A Dificuldade da Decisão (Gênesis 43:1-10)
A fome continuava assolando a terra, e Jacó (Israel) resistia a enviar Benjamim, temendo perdê-lo, assim como perdera José (Gênesis 43:6). No entanto, Judá assumiu a responsabilidade por Benjamim, declarando: “Eu me constituo fiador por ele; das minhas mãos o requererás” (Gênesis 43:9).
Aplicação pessoal: Assim como Jacó enfrentou o medo do desconhecido, muitos hoje hesitam em confiar a Deus seus maiores temores. Judá exemplifica liderança e fé, lembrando-nos de que, às vezes, precisamos confiar na providência divina, mesmo quando o caminho parece incerto.
2. A Preparação para o Encontro (Gênesis 43:11-14)
Jacó, então, orienta seus filhos a levarem presentes típicos de Canaã—mel, especiarias, mirra, pistácios e amêndoas (Gênesis 43:11). Esses produtos eram uma prova de que haviam voltado à sua terra, confirmando sua honestidade. Além disso, levaram o dobro da prata, tanto para devolver o dinheiro que inexplicavelmente aparecera em seus sacos (Gênesis 42:35) quanto para demonstrar integridade, livrando-se do temor de serem acusados de roubo.
Jacó, após resistir por tanto tempo, finalmente entrega sua ansiedade a Deus, invocando-O como “Deus Todo-Poderoso” (El-Shaddai)—o mesmo que lhe aparecera em Gênesis 17:1-2, quando estabeleceu Sua aliança e o transformou em Israel. Sua oração (“Que Deus Todo-Poderoso vos conceda misericórdia perante o homem” – Gênesis 43:14) revela uma fé renovada, lembrando que Aquele que o abençoara no passado era capaz de protegê-los agora.
Aplicação pessoal: Assim como Jacó, muitas vezes lutamos contra o medo até nos lembrarmos de quem Deus é. Quando reconhecemos Seu poder e fidelidade, podemos descansar em Sua providência. Além disso, a atitude dos irmãos nos ensina a agir com honestidade e transparência, mesmo em situações difíceis.
3. O Encontro com José: Humildade e Graça Revelada (Gênesis 43:15-28)
Ao chegarem ao Egito, os irmãos demonstram humildade e reverência, referindo-se a José como “teu servo, nosso pai” (Gênesis 43:28) e a si mesmos como “teus servos” (Gênesis 43:20). Essa postura revela uma mudança de coração, contrastando com a arrogância que antes os caracterizava.
Quando explicam ao mordomo sobre a prata encontrada em seus sacos, ele responde com palavras que ecoam a graça divina: “Paz seja convosco, não temais; o vosso Deus e o Deus de vosso pai vos deu um tesouro nos vossos sacos. O vosso dinheiro me chegou a mim” (Gênesis 43:23). Essa declaração não foi casual— Certamente, José havia instruído seu mordomo a dizer isso, pois queria que seus irmãos compreendessem que tudo aquilo era providência de Deus, não acaso.
Aplicação pessoal: Assim como os irmãos de José, devemos reconhecer que toda boa dádiva vem do alto (Tiago 1:17). A humildade nos leva a enxergar a mão de Deus em nossas vidas, mesmo nas circunstâncias mais inexplicáveis. José, como instrumento de graça, nos aponta para Cristo, que nos abençoa mesmo quando não merecemos.
4. A Refeição e a Luta Emocional de José (Gênesis 43:28-34)
O momento da refeição na casa de José foi marcado por emoções intensas e conflitos internos. Quando viu Benjamim, seu irmão mais novo e único filho de sua mãe Raquel, José foi tomado por emoção (Gênesis 43:29-30). Ele perguntou: “É este o vosso irmão mais novo, de quem me falastes?” e, ao ouvir a resposta, não conseguiu conter as lágrimas: “Profundamente emocionado por causa de seu irmão, José apressou-se em sair à procura de um lugar para chorar, e entrando em seu quarto, chorou”(Gênesis 43:30). E “depois de lavar o rosto, saiu e, controlando-se, disse: “Sirvam a comida” (Gênesis 43:31).”
José também observava atentamente como seus irmãos tratavam Benjamim. Ele os testava, procurando saber se ainda havia inveja, rivalidade ou indiferença como aquela que o levaram a ser vendido como escravo. Ao oferecer a Benjamim uma porção cinco vezes maior que a dos outros (Gênesis 43:34), José estava verificando se haveria ressentimento ou ciúme—mas, desta vez, seus irmãos não protestaram.
Aplicação pessoal: Assim como José, muitos de nós carregamos feridas do passado e, mesmo quando Deus nos coloca em posição de influência, ainda lutamos com o medo de sermos magoados novamente. No entanto, José nos ensina que o perdão é um processo, e que Deus trabalha tanto no coração de quem perdoa quanto no daqueles que precisam ser restaurados.
Além disso, a preocupação de José com Benjamim revela seu caráter compassivo. Ele não queria que seu irmão mais novo sofresse como ele sofrera. Isso nos lembra de que, mesmo quando somos provados, devemos proteger os mais vulneráveis e agir com misericórdia, assim como Cristo faz conosco.
4.1. O Agir de Deus na Restauração
Aquele jantar foi muito mais que uma simples refeição—foi um momento de provação, graça e preparação para a reconciliação. José, embora emocionalmente abalado, agia com sabedoria, guiado por Deus. Seus irmãos, por sua vez, demonstravam sinais de arrependimento e transformação.
Para hoje: Assim como José, podemos enfrentar situações que reabrem nossas feridas, mas Deus as usa para nos curar e restaurar relacionamentos. Que possamos, como ele, chorar quando necessário, perdoar mesmo quando difícil e confiar sempre naquele que transforma traição em redenção e lágrimas em alegria.
Conclusão: Confiança na Providência Divina
Gênesis 43 revela um Deus que transforma provações em bênçãos. Assim como na história de José, onde Deus já havia preparado o momento para a reconciliação e o cumprimento de seus propósitos, Deus também age em nosso favor, mesmo quando não O vemos.
Para hoje: Seja em tempos de escassez, medo ou reconciliação, devemos confiar na soberania de Deus, pois Ele escreve nossa história com propósitos maiores (Romanos 8:28).
Que, como Jacó, possamos nos lembrar dAquele que é El-Shaddai—o Deus Todo-Poderoso—e entregar nossos planos em Suas mãos!
Versículo-chave: “O Senhor é o meu pastor; nada me faltará” (Salmo 23:1).